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(Re)inventando Práticas

Atualizado: 6 de jul. de 2021

Darty Cléia Messias Santos


A escola é um ambiente que oportuniza experiências, sejam elas positivas ou não. E agora, estou fora da sala de aula, como fornecer aprendizagens nesse novo formato? Será que com esse tempo fora da escola houve uma perda de identidade educacional? Como lidar com essa nova experiência? De acordo com Albert Einstein,

“não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas”.

Logo, com tantos questionamentos levantados nesse período da história sobre a escolarização (a educação nunca cessa, é um processo), não poderia parar de refletir sobre as possíveis respostas. Minha primeira vivência como educadora, foi na área de gestão, como Coordenadora Pedagógica. Belíssimos anos atuando nessa função, mas quando fui convidada para experimentar a docência, não pensei duas vezes, pois uma oportunidade como essa não poderia deixar escapar. Entrar em uma sala de aula, ver aqueles seres (alguns assustados, outros sem motivação, mas uma boa parte com vontade de conhecer algo novo) diferentes, sedentos, hipnotizados com a nova série, enfim, momentos marcantes que de alguma forma eu teria a chance de participar. Larrosa certa vez escreveu (das tantas coisas reflexivas que redigiu), “[...] componente fundamental da experiência: sua capacidade de formação ou de transformação”.


Participar desse processo educacional, na função que ocupo atualmente, é desafiador, mas usando as falas do poeta Braulio Bessa, “num país desnutrido de leitura, só se salva, comendo educação”. Nesse período de pandemia, estou exercendo minha função na educação como consultora na área de inclusão em uma rede de escolas privadas, e com isso, estou extremamente ligada a um grupo de protagonistas da educação. Dentre as atividades que executo, destaca-se a de ouvir seus relatos, vivências, desafios, lutas, desamores, inquietudes, e mesmo com todo esgotamento emocional, físico e cognitivo, isso mesmo, cognitivo, pois muitos não sabem mais o que fazer para: estimular a participação dos educandos, criar estratégias de ensinagem, manter-se atualizado e atenado com a demanda intensa e desumana. Retomo a fala de Einstein, “não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas”. Uma coisa eu sei, que ninguém será o mesmo após passar por esse big brother educacional.



LARROSA, Jorge. LINGUAGEM E EDUCAÇAO DEPOIS DE BABEL. 1. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.




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