top of page
Foto do escritorFEP

O verme passeia na Lua Cheia

Atualizado: 6 de jul. de 2021

Inez Carvalho


Sabe aquela sensação: eu sabia que isto ia servir para alguma coisa?

Pois é, ter sempre incluído, em meus pensares sobre o mundo, a contingência como algo presente e atuante, independente de nossas vontades, em nossas vidas, serviu. E me ponho a pensar: serviu para quê? Quais possibilidades estavam lá, em estado de latência, para serem atualizadas frente a terrível e pensada como improvável (coisa que a nossa ciência já tinha banido) contingência? Foi necessário estar alerto para não esquecer que os contextos da prática são outros e que os contextos-modelos não são mesmo aplicáveis. E que, assim sendo, não estaríamos vivendo um espaçotempo de recolhimento, de deixar para depois, do enquanto isto, e sim, vivendo a vida que segue! Mas, por que, então, tudo, em termos escolares, nos pegou tão de calças curtas (fico pensando que seria de calças cumpridas que sujam na lama)? Por que mesmo nós que sempre defendemos que escola não está apenas entre paredes; nós, demarcadores que as relações se efetuam entre elementos humanos, naturais e técnicos, indo além do humanismo moderno? Tá certo que está sendo uma contingência punk. Mas será, também, que não estamos mais afetados e enredados aos nossos confortos acadêmicos/escolares do que sonham nossas vãs filosofias?

Fico com exemplo de professora de estágio que sou. O primeiro impacto: como ter o componente Estágio Supervisionado sem escola? Não precisou elucubrar muito para formular: o campus de estágio são as práticas pedagógicas, elas estão acontecendo remotamente. Quem disse que os estágios estão descobertos? Tenho realizado os estágios com a Rede Municipal de Irecê cidade que se localiza no semiárido baiano.


Em meio a problemas mil, só destaco a fala de um estagiário: quem diria que eu morador de Salvador, faria estágio em uma escola rural?


15 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page